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A BAHIA E SEUS CONCHAVOS

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Viver num país onde a competência, muitas vezes, é preterida por causa de conchavos é revoltante. Essa prática é comum em todos os lugares, não seria diferente na Bahia. Acabar com isso é um desafio e não aceitar que situações semelhantes se repitam é um dever.
 
Você estuda, se esforça, perde noite, cumpre prazos, se dedica e, no final, perde para o conchavo. Tudo bem, essa é uma visão pessimista da coisa, mas não deixa de ser verdade. Basta fazer uma visita em faculdades, escolas, locais de trabalho, enfim, em todos os espaços onde há seres humanos dispostos a se dar bem.
 
O conchavo revolta por ser um disfarce de justiça. Quem age sendo conivente com acordos descabidos sempre tenta justificar sua prática rasteira com as desculpas mais esfarrapadas. Aqui na Bahia, por exemplo, é por causa dos conchavos que, vez por outra, aquela música chata e nada criativa de mais um artistazinho desgastado é veiculada com insistência nas rádios comerciais. A lógica é a seguinte: o artista empresta o nome a qualquer promoção tola da emissora e o radialista toca a música do astro até o público cansar. Dessa forma, mais um “sucesso” é lançado. A indústria cultural explica. É a massa, né? Ou é massa? Cabe a reflexão.
 
O importante é não deixar que isso se perpetue. Acordos e conluios são, na verdade, formas de atestar a incompetência. Uma boa dica para acabar com os conchavos é sempre gritar quando estiver diante deles. Botar a boca no trombone, às vezes, serve para muita coisa. O único problema é que, talvez, não dê em nada. Culpa dos conchavos. Mas, pelo menos, você tentou (e gritou!).
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