Crônica, Cultura, Jornalismo Cultural, Literatura

“Raquel Santana, aquela que a gente viu cantando no Rio Vermelho outro dia”

| Crônica

O cartaz. Foto: Raulino Júnior

Cheguei à Biblioteca Central dos Barris, em Salvador, e avistei um homem entretido no mural da instituição. Parei para conferir os informes e me deparei com o cartaz da festa “A Noite é Nossa”, encabeçada por Mr. Armeng. Na ânsia de fazer a divulgação e deixar o homem com vontade de conferir o show, coloquei em prática meus talentos teatrais.

Eu: Alô!

Alguém imaginário do outro lado da linha: Oi!

Eu: É que estou aqui na Biblioteca dos Barris e vi um cartaz do show de Armeng que vai ter a participação de Raquel Santana.

Alguém imaginário do outro lado da linha: Raquel Santana?

Eu: Sim.

Alguém imaginário do outro lado da linha: Quem é mesmo?

Eu: Raquel Santana, aquela que a gente viu cantando no Rio Vermelho outro dia.

Alguém imaginário do outro lado da linha: Ah… E quanto é? Vai ser onde?

Eu: É de graça! No Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho.

Alguém imaginário do outro lado da linha: Que dia? E o horário?

Eu: Amanhã, às 21h.

Alguém imaginário do outro lado da linha: Tá! A gente se organiza!

Eu: Certo. A gente combina tudo direitinho.

Enquanto a minha “conversa telefônica” fluía, percebia que o desconhecido se interessava pelas informações presentes no cartaz. Pensei: “O pai de Zezé Di Camargo ligava várias vezes para as rádios pedindo a música do filho e deu no que deu, por que comigo não pode dar certo? Marketing, aí vou eu”. Kkkkkkkkkk!

Padrão