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O Sem Censura está ótimo!

Por Raulino Júnior ||DESDEnhas: as resenhas do Desde||
A saída de Leda Nagle do Sem Censura foi bom para ela e bom para o programa, independentemente das razões sombrias que fizeram a apresentadora ser demitida. Leda se atualizou, criou o Canal Leda Nagle, no YouTube, que já conta, até o momento da publicação desta resenha, com mais de 162 mil inscritos; o Sem Censura se modificou, ficou mais leve, dinâmico e cheio de fôlego. Quem acompanhava o programa com Leda, deve ter percebido a diferença. Só não constata quem quer ficar preso ao passado e quem não tem consciência de que “o novo sempre vem”. Leda segue fazendo as suas entrevistas, sendo a mais nova youtuber da terceira idade, e o Sem Censura tem usado as redes sociais para garantir uma interatividade inteligente com os telespectadores. A ruptura oxigenou as duas partes.

Vera Barroso (no centro) entre Kamyla Abreu e Bruno Barros: o novo Sem Censura. Foto: reprodução do Facebook do programa

O programa da TV Brasil aposta num formato vitorioso na televisão brasileira e, de fato, abre espaço para o telespectador participar. O debate proposto no Sem Censura aborda qualquer conteúdo, com muita naturalidade. Os temas são sempre pertinentes e atuais. Os convidados têm tempo para falar e falam sobre tudo. Basta assistir para perceber. Não dá para julgar o programa sem acompanhá-lo. Houve mudança também na disposição dos convidados. Antes, havia uma bancada na qual Leda ficava e os entrevistados conversavam em torno dela. Hoje, o programa adotou o sofá, onde há uma linearidade para todo mundo, sem destaque para a apresentadora. É uma alteração simples, mas significativa.

Katy Navarro: competência e carisma. Foto: reprodução do Facebook do programa

Vera Barroso está no comando desde 6 de janeiro de 2017 e conta com a participação dos simpáticos e competentes Bruno Barros e Kamyla Abreu. Eles atuam como “produtores web”. Ou seja: recebem as mensagens dos telespectadores pelos canais disponibilizados (FacebookTwitterIntsagram e WhatsApp). Quando Vera está ausente (de férias, por exemplo), quem assume é a versátil Katy Navarro. Com ela, o programa ganha ainda mais em dinamismo e qualidade. Katy é muito preparada, sabe conduzir as entrevistas com maestria, improvisa como ninguém e conecta os diferentes temas trazidos pelos convidados de uma forma muito tranquila e perspicaz, sem ficar forçado. Além disso, é carismática e prende o telespectador. Ela merecia ser a titular da atração. Vera é mais distante de quem está assistindo, não é convidativa. O programa, exibido de segunda a sexta, às 17h30, é dirigido por Daniel Gontijo.
Sem Censura foi criado em 1985 e se autointitula como sendo “o bate-papo mais descontraído da TV”. E é mesmo!

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Dendê na Mochila: um programa de passeios

Matheus Boa Sorte, apresentador do Dendê na Mochila. Imagem reproduzida do site do programa

Por Raulino Júnior ||DESDEnhas: as resenhas do Desde||
No sábado passado, 16 de maio, a TV Aratu (SBT/Bahia) estreou um novo programa na sua grade: o Dendê na Mochila. Apresentado por Matheus Boa Sorte, a atração vai ao ar às 13h45 e surge com o objetivo de mostrar e indicar lugares para as pessoas conhecerem e também de encontrar baianos que foram viver em outros estados e em outros países. O formato não é novo, mas o conteúdo apresentado é muito interessante.
Na estreia, Matheus e sua equipe convidaram o telespectador para conhecer a Serra do Tepequém, que fica no município de Amajari, em Roraima; e Santa Helena do Uairén, na Venezuela. Nesses locais, Boa Sorte fez trilhas, mostrou belezas naturais e contou histórias. Pelo que se vê, a lógica vai ser sempre esta: viagens para um lugar do Brasil e para um lugar qualquer em outro país. O segundo episódio vai continuar em Roraima e mostrar curiosidades da Guiana.

Matheus Boa Sorte, no topo da Serra da Rainha, em Tepequém. Captura de tela do YouTube feita em 22 de maio de 2015.

O programa já começou se destacando pelo fato de falar sobre o estado de Roraima, pouco mostrado na TV. Matheus é seguro quando passa as informações sobre os aspectos culturais dos lugares e sabe costurar bem as narrativas. Na Serra do Tepequém, ao encontrar “Seu Miranda”, um garimpeiro baiano que mora lá há 20 anos, Matheus conduziu a entrevista como um bom contador de causos.

Em contrapartida, num dos trechos do programa de estreia, em que a equipe encontra um cachorro no caminho, Matheus destaca o fato e diz ao telespectador que “resolveu até colocar um nome no animal, batizando-o de ‘Dendezinho'”. Destoou. Bem como a trilha sonora, que foi, predominantemente, formada por músicas internacionais. Outra falha do apresentador, foi, com insistência, falar de forma incorreta o nome da cidade venezualana que visitou: em vez de “Santa Elena do Uairén” ele falava “Santa Rita do Uiarén“. Um problema pouco grave, mas significativo para quem trabalha com informação.

Dendê na Mochila tem todos os predicados para continuar no ar por muito tempo. É dinâmico e informativo. Inova, quando, no final, mostra o que vai ser exibido no programa seguinte. Uma espécie de “cenas dos próximos capítulos”. Isso gera curiosidade e funciona para fidelizar um público. Quem perdeu a estreia do programa, que tem 30 minutos de duração, pode assistir à íntegra no YouTube.

Quem é Matheus Boa Sorte

Matheus Boa Sorte. Captura de tela do YouTube feita em 22 de maio de 2015.

Matheus Boa Sorte tem 22 anos e é natural de Guanambi, na Bahia. É apresentador, publicitário e compositor. Veio do rádio, onde começou aos 12 anos de idade. Cantou e já lançou CD, de “arrocha sertanejo”. No canal oficial no YouTube, é possível ouvir algumas de suas músicas e conferir a sua performance artística. Há três anos, não está mais no ramo musical. Ele, que tem um quê de padre Fábio de Mello e Fiuk (e até de Fábio Jr., quando este era mais novo!), se sai melhor apresentando programas. Matheus, boa sorte na nova empreitada!

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sexo e as negas é um ATENTADO!


Pra começar, vou esclarecer: ao longo deste texto, vou utilizar o nome do seriado da Rede Globo sempre em minúsculas e sem destaque, como uma forma de demonstrar o meu tamanho desprezo por tal produção.

Anteontem, assisti pela primeira vez à propalada série daquele “autorzinho” que acha que está fazendo um bem para a humanidade engendrando uma teleficção descabida e cheia de propósitos! Fiz o meu papel como cidadão consciente e responsável: para não ser preconceituoso, assisti antes de julgar. Agora, é a hora do julgamento. sexo e as negas é um manifesto racista da Rede Globo! É uma forma de a emissora dizer: “Os negros são assim”. E, nesse “assim”, cabe tudo: estereótipos, desrespeitos, preconceitos. Uma série escrita por “estrangeiros”! Artur Xexéo é um dos colaboradores! Não precisa dizer mais nada, né? Enfim… É o olhar do outro sobre nós. E o pior: é como os outros querem nos ver! Para eles, somos limitados, desbocados, máquinas sexuais e defeituosos. No episódio de terça-feira, 23 de setembro, intitulado “O pente que te penteia”, a ideologia adotada pelos produtores da série foi a de que o cabelo do negro e da negra é um problema. Com personagens interpretados por atrizes negras reforçando isso! Tanto é que períodos como “Meu cabelo tá rebelde, cheio de vontade. Esta semana eu vou botar rédea no bicho [sic]”, “Cabelo é assim: ou a gente domina ele ou ele domina a gente”, “Nossa, o teu cabelo tá com cheiro de gordura! [da filha para a mãe]” eram constantes nas falas delas. Teve a história da menina negra cooptada, que mora na comunidade, e foi “fazer o cabelo” (essa foi a expressão usada!) na Zona Sul carioca (onde, de acordo com a fala de uma personagem branca, “só tem nega fina”). Teve a história da cabeleireira branca, do Sul do país, que ao ser indagada se tinha dado jeito no cabelo de umas das “protagonistas” negras, soltou: “O cabelo é ruim, mas eu sou pior do que ele. Eu sou bem pior!”. A sulista também falou: “Tô morta! Não consigo nem coar um café! O cabelo da Tilde [a “protagonista”] me deu uma surra! Já disse ao Vinagre: ‘Deus que me livre ter sobrinho com aquela carapinha!’”, “Foi graças à negra Verena que eu aprendi a lidar com cabelo ruim”.  sexo e as negas é um atentado! sexo e as negas tenta destruir toda a nossa luta! sexo e as negas é um absurdo!

Enquanto acompanhava o episódio, me senti envergonhado em várias ocasiões. O Brasil retrocedeu 500 anos com sexo e as negas. O país involuiu. A série é cheia de estereótipos! Tem o negro e a negra como objeto sexual. Tem a casa de patrões brancos que, na ausência da mulher, o marido aproveita para seduzir a empregada. Dessa vez, dando R$ 200 para ela “cuidar do cabelo”. Não precisa dizer que a empregada é negra, né? Estereótipos! Olha o que fazem com a gente! Aos negros que estão no elenco, de antemão, eu peço desculpas pelo que vou afirmar, mas vocês estão sendo usados. Tal qual um senhor abastado fazia com seus escravos numa colônia bem perto daqui… Aldri Anunciação (autor de Namíbia, Não!, uma sátira política, que considero um manifesto antirracista!), Karin Hils (aquela que foi do grupo Rouge e que tantas vezes falou de racismo na TV), Corina SabbasLilian ValeskaMaria BiaAdriana LessaRafael ZuluAline DiasRafael MachadoIzak DahoraBeltrano e Beltrana: vocês estão sendo usados! E eu sei que sabem disso. No presente, vão querer reconsiderar, mas no futuro… sexo e as negas é o novo Cinderela Baiana. Daqui a cinco, dez anos, quem participou vai se sentir desconfortável de falar que integrou o elenco da série.

Sinceramente, fui dormir com raiva após acompanhar esse triste episódio da história recente do Brasil. Mas o que esperar de uma TV que tenta vitimar racistas e que institucionaliza a “inveja branca” como aquela em que não há cobiça? sexo e as negas é uma série minúscula! sexo e as negas é desnecessária!

No rodapé da seção de “Créditos” do site oficial da série, a indicação de que a obra é de “livre criação artística e sem compromisso com a realidade”. Típico. Captura da tela: 25/9/2014.

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Amor & Sexo: programa idiota com “I” maiúsculo!

Quem teve a “brilhante” ideia de botar o programa Amor & Sexo no ar? O que é aquilo? Sinceramente! É a prova cabal de que a Rede Globo não pensa apenas que os telespectadores são um monte de banana (como evocou William Bonner numa desastrosa declaração do passado, em que comparava o telespectador do Jornal Nacional a Homer Simpson), a emissora tem certeza disso. Caso contrário, um programa com Amor & Sexo, com aquele “argumento” e aquela “criatividade”, não estaria na grade da TV dos Marinhos.

A “atração”, capitaneada por Fernanda Lima (Apresentadora? Atriz? Cantora? Dançarina?), é um verdadeiro festival de micos e de superficialidades. Tenta discutir sexo de forma natural e descamba para algo esquisito, sem noção e estereotipado: fica no “reme-reme” do “com homem é assim, com mulher é assado”. Além disso, se esforça para criar polêmicas (exibindo nu frontal de homens e mulheres e beijo entre homossexuais do sexo masculino), a fim de atrair e garantir audiência. O elenco escolhido para o programa traz dois bons motivos que prenunciam a chatice: Alexandre Nero e Otaviano Costa. O primeiro, uma espécie de Luana Piovani de calças, que critica tudo e a todos, e também se considera cantor (what?); o segundo, um cara que quer aparecer a todo custo, solta um monte de piadas sem graça e já foi repórter do Domingão do Faustão. Ah, não precisa dizer mais nada!

Todo mundo está cansado de saber que grande parte das emissoras de TV não está nem aí para oferecer produtos de qualidade ao público. Certo. Sem conformismo, que fique claro. Mas, daí, oferecer merda no penico prestes a ser jogada fora? É demais, né? Quer falar sobre sexo na TV? Que tal fazer uma boa pesquisa para criar pautas interessantes? TV é uma concessão pública, mas cadê a “prestação de serviço adequado” de que trata a Lei?

Ricardo Waddington, diretor da indigesta “atração”, bem que poderia sugerir à cúpula da Globo que o nome do programa sofresse uma importante alteração: passasse a ser Amor, Merdas & Sexo. Assim, seria mais adequado. Tchau, Amor & Sexo! Não foi um prazer.

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A TV que cansa

A falta de criatividade e a disposição para fazer o mais do mesmo são dois males que acometem a TV brasileira desde o final do século passado. A doença crônica desse meio de comunicação justifica-se pela acomodação do campo social, que subestima o telespectador e calca seus produtos na indústria de massa. A inovação é uma prática temida por quem faz TV. Quem perde com tudo isso?

Ligar a TV é, sem exageros, um transtorno anunciado. E para quem gosta de passar o tempo através desse veículo, um bom convite à tortura. Sim, o que se vê na programação das emissoras abertas de televisão pode se assemelhar a uma tortura. Guardadas as devidas proporções. Programas sem criatividade e insossos tomam conta da grade.

Pela manhã, temos um show de esquisitices e chateações. A começar pela Ana Maria BrEga, cujo programa está tão desgastado quanto a sua cara de pato “botoxizada”. O programa, inicialmente de culinária, perdeu totalmente o seu foco e hoje se sustenta em muletas como entrevistas com ex-BBBs, artistas e protagonistas de situações polêmicas e bizarras e com casos jornalísticos sensacionalistas. Um horror! E os pensamentos que Aninha lê na abertura do seu Mais Você (menos eu, pô!)? Não fazem sentido nem para ela própria. Vexatório!

Bem Estaruma revista eletrônica especializada em saúde, surgiu tendo o Hoje em Dia como modelo. Mas a Globo não quis arriscar muito, tanto é que a atração é bem curtinha. Funciona. Apesar de dar dicas que poucas pessoas seguirão, por causa da falta de praticidade. Só para lembrar: dona Globo, bem-estar é com hífen, viu?! Hum! A palavra não sofreu alteração nenhuma com o Novo Acordo Ortográfico. Voltemos.

A Record, depois de deslocar Britto Jr. para apresentar A Fazenda (que vai ter mais uma edição. Ave!), viu o seu Hoje em Dia perder a identidade e a audiência também. O programa, que inicia repetindo quase todas as notícias que foram veiculadas no telejornal Fala Brasil (que o antecede), não apresenta nada mais de interessante e já cometeu vários erros de apuração (o programa divulgou a suposta morte de Amin Khader como verdade verdadeira, com direito a choro torrencial de Chris Flores; e a gravidez de quadrigêmeos da “louquinha” de Taubaté, Maria Verônica Vieira, como verdade mais verdadeira ainda, com arrecadação de fraldas e presentes ao vivo). Oxente.

  
Será que vale a pena ver de novo?_ À tarde, o melhor mesmo seria tirar uma soneca. Ou você prefere ver o Muito Mais da Band? O programa, capitaneado pela falsidade personificada, Adriane Galisteu, fala de famosos de todas as castas. Questões do tipo “Por que Ana Paula Arósio está reclusa?” e “Será que MC Naldo voltou com a Mulher Moranguinho?” fazem parte das preocupações dos apresentadores (sim, “Falsiane” divide o programa com outros coleguinhas. Entre eles, a baiana Rita Batista, que saiu do Boa Tarde Bahia, da Band Bahia, para refletir sobre o cabelo de Neymar, a coxa de Viviane Araújo e coisas afins). Além disso, o texto das matérias é fraquíssimo. Cheio de clichês. O nome do programa deveria ser Muito Menosnão é não?

Globo insiste em manter no ar o Vídeo Showque de show não tem nada. O vespertino mostra os bastidores das produções globais e, muitas vezes, repete cenas de novelas e trechos de programas da emissora. Falta conteúdo. Em seguida, a rede nos presenteia com o Vale a Pena Ver De Novo. Que, às vezes, nem vale tanto a pena assim. Para fechar com chave de ouro, a emissora apresenta a Sessão da Tarde e Malhação. Sem comentários.        

SBT arma um verdadeiro circo durante a tarde com o seu Casos de Família. É o mau teatro na TV. Sugiro que a emissora mude o nome da atração para Casos de Mentira.

O Melhor do Brasil_ No final de semana, tudo que é ruim se potencializa. Não precisa nem falar de Faustão e Gugu, não é? O Caldeirão do Huck, de Luciano, é um ótimo exemplo da mesmice na TV. O programa que perdeu o DNA eclético e inovador de seu apresentador (quem não lembra quando ele comandava o H, na Band? Criativo, com debates interessantes e entretenimento tosco, mas original), traz quadros de sensacionalismo em pó. O Lar Doce Lar não me deixa mentir. Tudo bem, o quadro ajuda famílias, mas o caráter assistencialista e a cara de comiseração que Huck faz quando da entrega de um imóvel é de dar raiva. Incomoda. A cada duas palavras ditas pelo apresentador aos presenteados, cinco merchandisings são feitos. Sônia Abrão perde. Argh!

O Melhor do Brasil, liderado por Rodrigo Faro, além de ser muito longo, é o símbolo maior do mais do mesmo televisivo. O programa ainda exibe o quadro Vai Dar Namoro, da época em que Márcio Garcia apresentava. O quadro é um convite à idiotia. A propósito, quem prestar bem atenção, vai perceber que alguns participantes do programa da Record frequentam também quadro similar no programa Eliana, do SBT. São pessoas agenciadas? Duvido não. O Dança, Gatinho, que no início inovou e era interessante, hoje está esgotado. Às vezes, sem ter um nome de artista para Faro homenagear, a produção tasca o ator-cantor-apresentador-dançarino de bailarina, por exemplo. Essa falta de pesquisa me faz lembrar a coluna de música que Nelson Motta tem no Jornal da Globo, às sextas-feiras. Numa certa edição, a pauta foi “os baixinhos que fizeram história”. Será que houve reunião de pauta para escolher isso? Sei não, viu! Mais uma vez, falta conteúdo.

“Quem era o Fantástico!” _ No domingo, Ana Hickmann mostra que, no Brasil, tudo é possível mesmo. Inclusive, uma pessoa despreparada e com dicção duvidosa cair de paraquedas e apresentar um programa numa grande emissora. Pode?! A Turma do Didi, da Globo, assim como A Praça é Nossa (exibido às quintas), do SBT, só está no ar pela tradição. São dois produtos ruins. Quem conhece alguma criança que assiste à Turma do “Chati”, levanta a mão. E o que falar d’Os Caras de Pau? O nome da atração já explica muita coisa. Para completar a derrocada da TV brasileira, o Fantástico, que podia muito bem mudar o nome para “Dramático”, para fazer jus às atuais histórias que conta, já está cansado e pedindo arrego. O programa está cheio de reportagens e enquetes irrelevantes. Observo as pessoas assistindo ao dominical e sempre escuto a frase: “Quem era o Fantástico, hein?!”. Não precisa dizer mais nada.

# Este texto foi publicado no blog Cidadão Repórter, do Portal A Tarde, em 17 de maio de 2012. Link: cidadaoreporter.atarde.uol.com.br/?p=15075.

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