Arquivo mensal: janeiro 2018
Música e contemporaneidade
Vítor fez um balanço positivo do curso: “Achei ótimo! O pessoal é muito caloroso! Isso é bem bacana de Salvador. Então, tem uma energia, tem uma vida. Muita gente contribuindo com a aula. Isso é muito legal! É uma pena que o curso vai rendendo e a vontade é de ampliar; porque, de fato, cada aula daria um curso sozinho”. O pesquisador disse ainda que conseguiu chegar no objetivo que traçou: “O meu objetivo foi alcançado. Adorei dar esse curso. Também aprendi bastante. O meu objetivo é sempre aprender com meus alunos e também revisar bibliografia”.
Mira Matos, coordenadora do CFA, também ficou satisfeita com a repercussão do curso de MPB: “O curso de Vítor foi um sucesso total. É um curso livre e, pra gente, todos os cursos são importantíssimos. Tanto os de música quanto os de dança e teatro. O Centro de Formação em Artes está aqui aberto para servir e atender a todo o público que vem aqui em busca de novos aprendizados”.
O Desde fez a cobertura exclusiva de todos os dias do curso de Música Popular Brasileira, ministrado por Vítor Queiroz. Você pode ver todas as reportagens clicando aqui. Abaixo, segue uma enquete com alguns dos participantes do curso. A pergunta: para você, qual é a atual situação da MPB? Não deixe de ver!
Uma manhã em 2018
A canção nossa do dia a dia
A música brasileira e o samba como identidade
Vítor falou ainda sobre a importância do rádio na popularização da música nacional, principalmente como estratégia no Governo Vargas. Para o Desde, ele disse qual foi o objetivo da aula sobre samba: “Hoje, é exatamente a carne do prato principal, porque é a consolidação, tanto do discurso do que seria MPB e também do samba enquanto um símbolo nacional durante a Era Vargas. São referências obrigatórias para todo mundo que vai pensar música popular brasileira”.
Clécia Queiroz, cantora, compositora, atriz e professora de dança, achou que o curso foi bem pensado e gostou da abordagem acerca do samba: “Para mim, foi fundamental fazer junções. A minha pesquisa é mais para o samba de roda, do século XIX para cá, mas, evidentemente, a relação dele com o samba carioca é bastante importante”, conclui. Clécia está preparando quarto disco e, na sua discografia, constam Chegar à Bahia (1997), Samba de Roque (2009) e Quintais (2016). Nos dois últimos, Vítor, que é sobrinho da artista, participou da direção artística.
O professor de música da educação infantil, Edson de Souza, 37 anos, afirmou que as informações adquiridas no curso, a respeito do samba, provocaram uma viagem no tempo. “Foi uma volta no tempo, de como o samba surgiu. Com o passar do tempo, houve algumas mudanças, mas ele não perdeu a sua raiz. Às vezes, por a gente não conhecer profundamente, a gente acaba criticando. Hoje, o professor trouxe temas importantes, dos quais eu desconhecia, como alguns autores e formas como o samba se desenvolveu durante o tempo”.
Música Popular Brasileira em Curso
Série de reportagens sobre curso de Música Popular Brasileira abre comemorações pelos sete anos do Desde
- 8/1: Viva São João (o que é MPB, o surgimento da MPB, o baião e os gêneros sertanejos, Dorival Caymmi);
- 9/1: Artigo nacional (samba e identidade nacional na Era Vargas, crime e malandragem);
- 10/1: As canções que você fez pra mim (do samba-canção a Roberto Carlos, do brega ao pagode romântico);
- 11/1: Você não gosta de mim, mas a sua filha gosta (da Tropicália ao surgimento do rock nacional);
- 12/1: Eu me transformo em outras (o declínio das gravadoras, as cenas independentes, o axé e o funk).
Sete anos e um meio!
Para comemorar os sete anos no ar, algumas ações serão realizadas ainda neste mês, podendo se estender até fevereiro. O que pode ser dito é que todos os conteúdos pensados têm relação com música, algo sempre presente no blog, e com a prática jornalística engendrada no Desde, num exercício de metalinguagem. O intuito, nesse sentido, é o de compartilhar a nossa própria experiência ao longo desses anos. O resto está guardado a sete chaves. Para saber, continue acompanhando as nossas postagens. Até lá e feliz 2018!
Raulino Júnior
Professor, compositor, jornalista, produtor cultural e editor do Desde.