Atriz brilhou no teatro, no cinema e deixou a sua marca na televisão brasileira
Por Raulino Júnior ||DESDEnhas: as resenhas do Desde||
Atriz brilhou no teatro, no cinema e deixou a sua marca na televisão brasileira
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Curtas mostram como a televisão provocou mudanças nos hábitos das famílias
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Em 1985, com três anos de vida, foi a vez da banda Titãs criticar a televisão. Contudo, a crítica do grupo paulistano foi muito mais ácida que a de Chico. Tanto que Lulu Santos, um dos produtores do disco Televisão (o segundo da carreira do grupo), que traz a canção homônima, ponderou a presença dela no álbum. “Dizia-se atingido pela canção de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Bellotto, cujos versos não poderiam ser mais diretos: ‘É que a televisão me deixou burro, muito burro demais/E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais‘. Lulu alegava que também dependia da TV e que a música poderia abortar o sucesso do LP na mídia. Mas os Titãs estavam decididos a não abrir mão da faixa”, afirma Natan Barros Pereira, em seu Trabalho de Conclusão de Curso defendido em 2010, na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e intitulado “Ó, Cride! Fala pra mãe que o discurso anticonsumismo dos Titãs os capturam [sic]: Análise do álbum Televisão. O fato é que o receio de Lulu não se confirmou. A música fez bastante sucesso e a banda se apresentou em diversos programas de TV.
As duas músicas são pontos de vistas que, obviamente, devem ser considerados. “Assim caminha a humanidade”: com percepções diferentes sobre as coisas. A crítica é sempre importante e faz crescer. Que a TV dos próximos setenta anos não repita os erros do passado e seja ainda mais interessante.
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No livro de memórias, Vida narra os perrengues do dia da inauguração (18 de setembro de 1950), que foi tenso, com uma câmera que não funcionou, mas que Jorge Edo conseguiu reverter. O leitor fica sabendo qual foi o primeiro programa artístico (TV na Taba), a primeira telenovela (Sua vida me pertence, que teve menos de 30 capítulos e beijo no final, entre Vida e Walter Forster, um escândalo para a época), o primeiro programa interativo (Tribunal do Coração, no qual os telespectadores participavam através de carta), o primeiro seriado para jovens (O Falcão Negro, protagonizado por José Parisi), e o primeiro programa voltado para as donas de casa (Revista Feminina, apresentado por Maria Thereza Gregori e onde Ofélia Anunciato começou).
No início, a programação era noturna. Só seis anos mais tarde, em 1956, a Tupi abriu a faixa diurna. Para se ter ideia, o horário infanto-juvenil começava às 18h. A influência do rádio é sempre pontuada na narrativa de Vida Alves. Inclusive, a atriz fala do preconceito que alguns artistas tinham com a TV, pois consideravam algo menor. Isso mudou em 1951, quando estreou o Grande Teatro Tupi, que foi bem-sucedido de imediato. A primeira atriz a se apresentar na TV foi Madalena Nicol, em 10 de janeiro daquele ano. Também em 1951, foi fundada a segunda emissora, a TV Tupi do Rio de Janeiro, inaugurada no dia do aniversário da cidade, 20 de janeiro.
O livro de Vida é assim: cheio de detalhes. Ela fala de cada profissional envolvido no “fazer televisão”: as garotas-propaganda, os diretores, os sonoplastas, os novelistas. Fica evidente o esforço da artista para documentar bem a história, sem esquecer de ninguém. Ao abordar o jornalismo, cita o primeiro telejornal, Imagens do Dia, lançado na noite da inauguração; o icônico Repórter Esso, que ficou no ar por 17 anos, e o primeiro jornal da tarde, Edição Extra, que estreou em 1960 e durou quatro anos.
Por Raulino Júnior