#Desde7, Crônica, Cultura, Desde Já, Jornalismo Cultural

Gostar por extensão

Crédito da imagem: Dreamstime

Por Raulino Júnior ||Desde Já: as crônicas do Desde||

Acontece sempre comigo. Quando conheço alguém que me lembra alguém que eu gosto, eu já passo a gostar da pessoa também. De bate-pronto. Claro que esse “gostar” limita-se a ter um certo carinho, certa afeição. Não significa que eu morra de amores pela pessoa. Não é isso. Mesmo porque, rechaço toda e qualquer forma de hipocrisia. Contudo, o apreço já nasce.
Tenho três educandos que despertam esse sentimento em mim. O curioso é que eles são da mesma sala. Uma turma que eu adoro e tenho grande consideração. Dois irmãos, gêmeos, me fazem lembrar de um colega jornalista que admiro muito. Até já trabalhamos juntos, num tradicional evento de música que acontece em Salvador. Olho para os meninos e associo imediatamente ao meu colega. Não é só semelhança física, é de temperamento também. Percebo que a minha relação com eles já vem carregada desse preâmbulo mnemônico, o que me faz tratá-los de uma forma especial. Em geral, sempre que isso acontece, aqueles que me fazem lembrar de quem eu admiro são tão admiráveis quanto. Ainda bem! E os gêmeos são responsáveis, educados, atenciosos e “na deles”. Igualzinho a um jornalista que conheço…
A outra educanda é uma querida e me remete a uma colega que, além de jornalista, é produtora cultural. Elas têm o biótipo muito parecido. A argúcia e a perspicácia são as mesmas. Minha aluna tem sempre um sorriso no rosto e é bem consciente em relação ao seu lugar de mulher negra na sociedade machista e racista em que vivemos. Educada, sensata, calma, compreensiva. Ela é a mulher dos dias de hoje: empoderada. Eu gosto muito dela! E é uma empreendedora de mão cheia! Tal qual a minha colega. Não tem como não gostar. Gosto de gostar por extensão…
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#Desde7, Artigo de Opinião, Cultura, Desde Já, Jornalismo Cultural

O dia “D”

Vladimir Herzog. Foto: arquivo do Instituto Vladimir Herzog

Por Raulino Júnior 

Hoje, é o Dia da Democracia aqui no Brasil. A data foi escolhida para lembrar a luta e a resistência do jornalista Vladimir Herzog, que foi torturado pelo governo militar em 25 de outubro de 1975. Estamos prestes a decidir o que vai ser do Brasil até 2022. Estamos com medo. O pânico está se instalando. Nenhuma pessoa que pensa no próximo, que respeita a nossa peculiar diversidade, que sabe da importância de ter direitos e que quer viver num país democrático, está tranquila neste momento. Muitas vezes, a gente se pega atônito, assistindo a vários absurdos e, na prática, pouco podemos fazer. A sensação é a de que estamos voltando para os porões da História. O pior: essa sensação pode se tornar real.
Na rua, quando a gente encontra com alguém, é impossível não pensar: “Será que essa pessoa é a favor de práticas antidemocráticas? Será que ela concorda com a chacina de negros, de LGBTI+, de mulheres? O que será que ela pensa para o país?”. Essas indagações são feitas também quando estamos conversando com pessoas próximas, como parentes, amigos e colegas. O duro é constatar que gente do nosso microcosmo apoia discursos nazifascistas.
A nossa democracia está ameaçada. No próximo domingo, a população brasileira tomará uma das decisões mais importantes da história do país. Quem for eleito, obviamente, vai ser escolhido por meio de um processo democrático. Isso ninguém discute. O que é urgente pensar é no que vem depois disso. Diante do cenário que está se desenhando, os anos de chumbo vão voltar. Pelo que se vê, teremos um país esfacelado em 2022. Isso não é pessimismo, é constatação do caos.
No Dia da Democracia, o que a gente pede é coerência. Olhe para a história do Brasil e veja como o que estamos vivendo tem semelhança com um período nem tão distante assim. Se você se diz democrata, não é coerente ser a favor de candidatos que plantam a barbárie como forma de governo. Quantos Vlados terão que morrer para que você viva livre?!
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#Desde7, Crônica, Cultura, Desde Já, Jornalismo Cultural

Quem conhece, aprova!

Camisa do Grandes Mestres sem a pontuação adequada. Imagem: divulgação

Por Raulino Júnior ||Desde Já: as crônicas do Desde||

Voltando da aula, metrô lotado. Avisto um casal. Eles aparentam ter a mesma idade. Uns 17, 18 anos. A menina sentou. O menino ficou em pé. Pelo visto, eles estão indo para o cursinho, porque, além de a menina carregar os cadernos, o menino usa uma camiseta onde se vê a marca de um famoso cursinho da cidade. Na camisa, o slogan: “Quem conhece aprova”. De imediato, identifiquei a falta da vírgula no período, que é composto por coordenação. Não me contive. Fui até o rapaz.
  Você estuda no “Grandes Mestres”?
  Estudo.
  Vai ter aula de Língua Portuguesa hoje?
  Não.
  Eu estava reparando o slogan que está na sua camisa, tem um erro aí. Deveria ser “Quem conhece, aprova”, com a vírgula. É um período composto por coordenação, tem duas orações: “conhece” e “aprova”.
  Mas o professor lá até falou sobre isso. Ele disse que está certo.
  Qual foi a justificativa que ele usou para dizer que estava certo?
  Você lembra? (para a menina, que faz um gesto negativo com a cabeça). Ele disse… (tentando encontrar uma resposta). É porque eu não sei explicar.
  Beleza! Falo no intuito de ajudar, uma vez que é um cursinho, não é? (o menino fica meio que assustado, meio que agradecido). Desculpa a abordagem assim.
  Tranquilo.
O metrô chegou na estação de desembarque obrigatório e nos despedimos. Fui para casa pensando naquela oração coordenada assindética e de como uma vírgula muda tudo.
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#Desde7, Cultura, DESDEnhas, Jornalismo Cultural, Música, MPB, Negritude, Resenha

A vida e a vida de Luiz Melodia

Cerimônia do 29º Prêmio da Música Brasileira faz homenagem do tamanho do talento do artista fluminense

29º Prêmio da Música Brasileira homenageou Luiz Melodia. Na foto, a atriz Leandra Leal na abertura da cerimônia. Imagem: reprodução do vídeo

Por Raulino Júnior  ||DESDEnhas: as resenhas do Desde||

Luiz Melodia vive e está entre nós. Pelo menos, essa foi a impressão de quem acompanhou, pelo Canal Brasil ou presencialmente, a cerimônia do 29º Prêmio da Música Brasileira, na qual o cantor e compositor oriundo do morro do Estácio foi homenageado. O evento, que aconteceu na última quarta-feira, 15 de agosto, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, reafirmou o talento congênito de Melodia. Idealizado e dirigido por José Maurício Machline, desde 1989, a edição de 2018 teve roteiro de Zélia Duncan (que está no posto há cinco anos), cenografia de Gringo Cardia, direção musical de João Carlos Coutinho e direção artística de Giovanna Machline. A artiz Leandra Leal abriu a noite com um lindo depoimento em que falava de seu amor por Luiz e que trazia dados da vida do cantor e coube a Débora Bloch e Camila Pitanga a responsabilidade de apresentar a tradicional premiação.
E Luiz Melodia foi reverenciado da forma que merece. Sim! No tempo presente mesmo! A sua obra provou o quanto que ele é imortal e isso foi evidenciado no Prêmio da Música Brasileira. A história de vida do cantor foi entrecortada com a entrega dos prêmios e, a cada momento, um número musical era apresentado. Todas as apresentações poderiam, por exemplo, ir para um DVD, pela qualidade artística e primor do que foi exposto. Teve Pedro LuísHamilton de Yolanda e Yamandu Costa brindando o público com uma versão emocionante de FadasXênia França e Áurea Martins interpretando Juventude Transviada com muita força e sensibilidade; Lenine e o filho, João Cavalcanti, mostrando que talento é mesmo CongênitoSalve Linda Canção sem Esperança, com CéuNegro Gato (Getúlio Côrtes), com IzaLazzo e LinikerBaby do Brasil numa versão precisa de MagrelinhaÉbano, com Fabiana CozzaDores de Amores, com Zezé Motta e Sandra de SáEstácio Holly Estácio, com Alcione e Pérola Negra, num encontro familiar de Caetano VelosoMoreno VelosoTom VelosoZeca Veloso e Maria Bethânia. Foi, abusando do clichê, lindo demais.
A cerimônia foi muito bem dirigida e repleta de poesia. Sem excesso e sem chatice, como, muitas vezes, eventos dessa natureza costumam ter. A premiação celebrou a vida de Luiz Melodia e trouxe ainda mais vida para a sua obra, com releituras tão boas quanto as versões originais das canções. O 29º Prêmio da Música Brasileira fez a voz do morro ecoar, mais uma vez, para a eternidade.
Assista, no vídeo abaixo, à cerimônia do 29º Prêmio da Música Brasileira:

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#Desde7, Cultura, Jornalismo Cultural, RauLendo: leituras em pauta

Passo a passo para o respeito

Reprodução da capa do Manual de Comunicação LGBTI+

Por Raulino Júnior ||RauLendo: leituras em pauta||

Da inadequada sigla GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) à LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais). O “+” se refere a outras orientações sexuais, identidades e expressões de gênero), muita coisa mudou, mas muita coisa ainda precisa mudar. É com o intuito de fazer com que as coisas mudem, que a rede GayLatino e a Aliança Nacional LGBTI lançaram recentemente a 2ª edição do Manual de Comunicação LGBTI+, cujo objetivo é “contribuir para diminuir preconceitos e estigmas e colaborar para o melhor entendimento de termos que são recorrentes entre a população LGBTI+, mas que podem não ser usuais no dia a dia de comunicadores(as) e estudantes, a fim de contribuir para um jornalismo mais inclusivo e atento às realidades”. O documento, que foi organizado por Toni Reis (presidente da Aliança Nacional LGBTI), é rico em informações e apresenta os conceitos de forma muito didática, para ninguém se confundir. Por isso, o tempo todo, o livreto pede para o leitor “substituir preconceito por informação correta”.
E, pelo didatismo da obra, isso pode ser feito sem muito esforço. Basta ler. O leitor vai se deparar com a explicação de conceitos que podem parecer simples, mas que carregam uma carga ideológica importante. Um exemplo introdutório é o uso de “orientação sexual” no lugar de “opção sexual”. Justificativa: ninguém opta por sua orientação sexual. A atração sexual, afetiva e emocional, nesse caso, é involuntária. Além disso, o manual traz uma boa reflexão sobre identidade e expressão de gênero, mostrando o lado científico da coisa, e explica o motivo do uso da Bandeira do Orgulho LGBTI+ e o que cada cor representa. Questões relacionadas a preconceito, discriminação e estereótipos também são tratadas no documento, com destaque para a LGBTIfobia institucionalizada. Tudo que foi conquistado até agora, no Brasil e no mundo, é abordado no texto do impresso. Contudo, o mais importante que a leitura evoca é aquilo que todo mundo quer: respeito.

Explicação didática sobre identidade e expressão de gênero e orientação sexual. Imagem: reprodução do Manual

Toda a sociedade deveria ler o manual, independentemente de trabalhar na área de comunicação ou não. Com conhecimento, ninguém vai sair por aí falando “homossexualismo”, “o travesti” e tantas outras inadequações.

Referência:

REIS, Toni (org.). Manual de Comunicação LGBTI+. 2ª ed. Curitiba: Aliança Nacional LGBTI/GayLatino, 2018.
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#Desde7, Cultura, Jornalismo Cultural

6ª edição da oficina de uso de blogs por “focas” será realizada neste sábado, 30 de junho

Imagem: divulgação

A oficina Uso de blogs por “focas” como experimento para a prática jornalística chega à sua 6ª edição, na Biblioteca Central do Estado da Bahia (Biblioteca dos Barris). Neste sábado, 30 de junho, das 9h às 12h, estudantes de Jornalismo e profissionais que estão no início da carreira serão estimulados a criar blogs para servir como portfólio de trabalho. A atividade é gratuita, com direito a certificado. Para participar, basta enviar e-mail para viva.bpeb@fpc.ba.gov.br e solicitar a inscrição. As vagas são limitadas.

Na ocasião, os participantes terão informações sobre a origem dos blogs e suas principais características, o uso eficaz da ferramenta no jornalismo, importância do uso das tags nos posts e da produção multimídia. A série de oficinas faz parte das comemorações pelos sete anos do Desde, blog de experimentações jornalísticas com o viés cultural.

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#Desde7, Crônica, Cultura, Desde Já, Jornalismo Cultural

Quem deu a coroa?

Por Raulino Júnior ||Desde Já: as crônicas do Desde||

Liguei a TV num jornal de meio-dia e vi a apresentadora anunciar um forrozeiro como atração do vespertino: “No musical, tem Fulano de Tal, ele que é o ‘Rei do Forró Temperado’!”. Fiquei pensando na necessidade que alguns artistas têm de ter um título pomposo para chamar de seu. O pior é que, quase sempre, é o próprio artista que se intitula como isso ou aquilo. Durante o programa, o forrozeiro fazia questão de reforçar o rótulo. Que coisa!

Hoje, todo mundo quer ser rei de alguma coisa. Não existe mais a consagração vinda do público para fazer o artista ser reconhecido como tal. A coisa fica tão forçada que deixa bem evidente a falta de substância. Se a gente fizer uma enquete pedindo para as pessoas cantarem uma música do Rei do Forró Temperado, vamos, certamente, ter o silêncio como resposta. A mesma coisa acontece se a pergunta for relacionada ao próprio “gênero” forró temperado. O que é isso? Tudo bem que a gente pode facilmente supor, mas não há nada de novo. Contudo, é importante garantir a coroa.
Na ânsia de ser considerado rei de alguma coisa, o artista acaba sendo rei de coisa alguma. O que deveria acontecer de forma natural, fica extremamente mecânico. Luiz Gonzaga tornou-se Rei do Baião por sua obra musical. E só. O título foi fruto de um trabalho de criação. O Velho Lua não precisou propalar aos quatro ventos que ele era o rei do gênero. A sua arte falou por si só.
Quem consagra o artista disso ou daquilo é o público. O artista faz a sua arte sem buscar títulos (ou deveria agir assim). Eles vêm naturalmente, não precisa forçar a barra. Fica esquisito. Fica chato.
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#Desde7, Cultura, DESDEnhas, Jornalismo Cultural, Resenha, Televisão

O Sem Censura está ótimo!

Por Raulino Júnior ||DESDEnhas: as resenhas do Desde||
A saída de Leda Nagle do Sem Censura foi bom para ela e bom para o programa, independentemente das razões sombrias que fizeram a apresentadora ser demitida. Leda se atualizou, criou o Canal Leda Nagle, no YouTube, que já conta, até o momento da publicação desta resenha, com mais de 162 mil inscritos; o Sem Censura se modificou, ficou mais leve, dinâmico e cheio de fôlego. Quem acompanhava o programa com Leda, deve ter percebido a diferença. Só não constata quem quer ficar preso ao passado e quem não tem consciência de que “o novo sempre vem”. Leda segue fazendo as suas entrevistas, sendo a mais nova youtuber da terceira idade, e o Sem Censura tem usado as redes sociais para garantir uma interatividade inteligente com os telespectadores. A ruptura oxigenou as duas partes.

Vera Barroso (no centro) entre Kamyla Abreu e Bruno Barros: o novo Sem Censura. Foto: reprodução do Facebook do programa

O programa da TV Brasil aposta num formato vitorioso na televisão brasileira e, de fato, abre espaço para o telespectador participar. O debate proposto no Sem Censura aborda qualquer conteúdo, com muita naturalidade. Os temas são sempre pertinentes e atuais. Os convidados têm tempo para falar e falam sobre tudo. Basta assistir para perceber. Não dá para julgar o programa sem acompanhá-lo. Houve mudança também na disposição dos convidados. Antes, havia uma bancada na qual Leda ficava e os entrevistados conversavam em torno dela. Hoje, o programa adotou o sofá, onde há uma linearidade para todo mundo, sem destaque para a apresentadora. É uma alteração simples, mas significativa.

Katy Navarro: competência e carisma. Foto: reprodução do Facebook do programa

Vera Barroso está no comando desde 6 de janeiro de 2017 e conta com a participação dos simpáticos e competentes Bruno Barros e Kamyla Abreu. Eles atuam como “produtores web”. Ou seja: recebem as mensagens dos telespectadores pelos canais disponibilizados (FacebookTwitterIntsagram e WhatsApp). Quando Vera está ausente (de férias, por exemplo), quem assume é a versátil Katy Navarro. Com ela, o programa ganha ainda mais em dinamismo e qualidade. Katy é muito preparada, sabe conduzir as entrevistas com maestria, improvisa como ninguém e conecta os diferentes temas trazidos pelos convidados de uma forma muito tranquila e perspicaz, sem ficar forçado. Além disso, é carismática e prende o telespectador. Ela merecia ser a titular da atração. Vera é mais distante de quem está assistindo, não é convidativa. O programa, exibido de segunda a sexta, às 17h30, é dirigido por Daniel Gontijo.
Sem Censura foi criado em 1985 e se autointitula como sendo “o bate-papo mais descontraído da TV”. E é mesmo!

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#Desde7, Cultura, Desde Então, Jornalismo Cultural, Música

A música da Copa

Há 20 anos, o Time Campeão dava voz à música Festa Brasileira. Imagem: Spotify

Por Raulino Júnior ||Desde Então: análise de produtos culturais de outrora|| 
Em época de Copa, é sempre a mesma coisa: o mercado da música se movimenta para lançar o hit do evento esportivo. No mundial de 1998, que aconteceu na França, não foi diferente. A gravadora PolyGram (hoje, Universal Music) colocou em campo a faixa Festa Brasileira (Mais uma Vez), composta por Seu Jorge e Gabriel Moura. A gravação fez parte do CD Festa Brasileira – Ao Vivo, produzido pela PolyGram e dirigido por Alexandre Agra. O álbum em questão continha 22 faixas, entre elas, a versão em estúdio de Festa Brasileira. O disco está disponível no Spotify. O curioso é que a última faixa, Acabou, com Jheremias Não Bate Corner (embrião do Jammil e Uma Noites) traz uma versão de Festa Brasileira com o Brasil já vitorioso com o pentacampeonato, como aconteceu. Os versos dizem: “Mais uma vez, vamos vestir/A bela camisa amarela/Aquela que é pentacampeã….”. Obviamente, a faixa tinha sido previamente preparada.
O Time Campeão (como os intérpretes foram chamados pela gravadora) que deu voz, literalmente, à música foi formado por Cheiro de Amor (Carla Visi), Banda Eva (Ivete Sangalo), É o Tchan (Beto Jamaica), Netinho e Zeca Pagodinho. Como de praxe em obras dessa natureza, a música convoca a torcida brasileira e o grande destaque da letra é o último verso do refrão, que diz “Eu tô torcendo daqui, mas na verdade eu tô lá”. Ou seja, todo mundo está no espírito da Copa, independentemente de onde esteja. A distância não separa, une. Esse é principal conceito da música feita sob encomenda. Abaixo, você confere a letra completa e o videoclipe oficial, que está disponível no YouTube, no canal DaneTV – Videoclipes.
Festa Brasileira (Mais um Vez)
(Seu Jorge/Gabriel Moura)
Mais uma vez, vamos torcer
E vestir a camisa amarela
Aquela, que é tetracampeã
Aquela, do nosso coração, Brasil
É, galera! Tira o pé do chão, Brasil!
 
Mais uma vez, vamos torcer
E vestir a camisa amarela
Aquela, que é tetracampeã
Aquela, do nosso coração
Brasil!
 
A nossa seleção vai dar as mãos de novo
Balançar a rede
Sacudir o povo
Nosso país com fé, chuteira no pé
E bandeira na mão
Vai ligar a televisão
Se Deus quiser, o caneco vem pra nossa mão
 
Bola na área encobrindo o zagueiro
O Brasil inteiro vai cabecear
Eu sinto cheiro de vitória no ar
Eu tô torcendo daqui, mas na verdade eu tô lá!
 
Bola na área encobrindo o zagueiro
O Brasil inteiro vai cabecear
Eu sinto cheiro de vitória no ar
Eu tô torcendo daqui, mas na verdade eu tô lá!

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#Desde7, Cultura, Jornalismo Cultural

Inscrições abertas para mais uma edição da oficina de uso de blogs por “focas”

Imagem: divulgação

A quinta edição da oficina Uso de blogs por “focas” como experimento para a prática jornalística, que será realizada no dia 26 de maio, está com inscrições abertas. Para participar, basta enviar e-mail para viva.bpeb@fpc.ba.gov.br e solicitar a inscrição. As vagas são limitadas. A atividade, que acontece na Biblioteca Central do Estado da Bahia (Biblioteca dos Barris), desde janeiro de 2018, das 9h às 11h, tem como intuito estimular a criação de blogs por estudantes de Jornalismo e profissionais da área que estão no início da carreira, para servir como portfólio de trabalho. A oficina é gratuita, com direito a certificado.

“Foca” é um termo utilizado entre os jornalistas para se referir a estudantes de Jornalismo ou a quem está no início da carreira. No livro Manual do Foca: guia de sobrevivência para jornalistas, a jornalista e professora da Universidade de Brasília (UnB)Thaïs de Mendonça Jorge, afirma: “Foca é o jornalista novato, bisonho – ou seja, não experimentado -, aquele que ainda pensa em fazer um curso de Jornalismo ou o jovem quem está caminhando para essa profissão”, p.13. Citando Carlos Alberto Nóbrega da Cunha, a autora diz ainda que “foca nos Estados Unidos é cub, que em inglês significa filhote. A palavra cub também designa os escoteiros novatos, os lobinhos“, p. 13.

Até quem está pensando em fazer o curso de Jornalismo, é considerado foca. Então, se você se considera, inscreva-se na oficina!

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