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MC Soffia: “Além da violência racista, eu falo sobre empoderamento, feminismo, sexismo e machismo”

Aos dezessete anos de idade e dez de carreira, MC Soffia segue usando o rap como bandeira política

MC Soffia: consciência e atitude que vêm de berço. Foto: divulgação

Por Raulino Júnior ||Domingueiras: entrevistONAS de Domingo||

Soffia Gomes da Rocha Gregório Correia é o retrato de muitas meninas que estão em todos os cantos do país, transformando realidades e impondo as suas vozes no mundo. Aos 17 anos, a rapper, cantora e compositora paulistana mostra que a sua atitude, a sua consciência e o seu discurso de mobilização amadureceram ao longo desses dez anos de carreira e mantiveram o seu propósito maior: empoderar outras meninas negras. “Meninas que eram da minha idade começaram a entender, começaram a se aceitar”. Na data em que é celebrado o Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha, a artista é naturalmente uma representante dos ideais que fizeram o dia ser cunhado, em 1992, durante o  Encontro de Mulheres Afro-Latinas-Americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana: “…dar visibilidade à luta de mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo”. Nesta entrevistONA, feita por e-mail e por WhatsApp, MC Soffia fala sobre a importância da família na sua formação, diz como se deu o seu processo de empoderamento e revela: “Eu amo a Bahia e quero ter um trio”. Leia e fique à vontade.

Desde que eu me entendo por gente – O Brasil mudou muito desde que você começou a sua carreira, em 2011, aos sete anos. Quais mudanças foram mais evidentes para você e para a música que faz?  

Desde – Você deu os primeiros passos no hip hop através das oficinas oferecidas na organização infantil Futuro do Hip Hop. Nesse sentido, a educação potencializou o seu talento. As suas letras têm um caráter educativo muito grande. Para você, de que forma elas potencializam outras pessoas negras?

Desde – Ao longo desses dez anos, qual das suas músicas melhor traduz o que você quer dizer para o mundo com a sua arte? Por quê?

Desde – Você vem de um seio familiar de mulheres determinadas e conscientes do papel delas na sociedade. Até que ponto a sua mãe, Kamilah Pimentel, e a sua vó, Lucia Makena, influenciam nas letras que faz e na sua atitude?

Desde – Você está comemorando dez anos de carreira. O que foi pensado para essa festa?

Desde – Em algumas entrevistas, você pontua que não fala só da violência racista. Quais outros temas estão no radar de MC Soffia? Por quê?

Desde – Em Empoderada, você diz: “Com minha autoestima, eu sou graduada”. Como fazer para ser graduada em autoestima?

Desde – Desde é um blog da Bahia. Qual é a sua relação com o estado? Quais artistas daqui você admira e gosta? Por quê?

Desde – No rap Maravilhosa, tem os seguintes versos: “Eu sei que é difícil a gente se aceitar/Quanto mais a gente tenta, mais querem nos derrubar/Eu sei que é difícil a gente entender/Que o padrão de beleza vai fazer você sofrer”. Como superar esse “padrão de beleza” impositivo, violento e preconceituoso que, ainda hoje, domina a cultura brasileira? 

Desde – Por que é importante falar sobre empoderamento?

Desde – Obviamente, para escrever o que você escreve, tem muita pesquisa e leitura associadas. O que você lê para ajudar nesse processo criativo?

MC Soffia agradece ao Desde, pela entrevista: “Sempre que der, me chame, que eu volto”.

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