Arquivo mensal: junho 2015
O negro som do Cidade
Nos dias 25 e 26 de novembro de 2001, o grupo Cidade Negra gravava o seu CD e DVD da série Acústico MTV, no Rio de Janeiro. Os produtos foram lançados no ano seguinte. O DVD, mote deste texto, chegou ao mercado com 20 faixas, sendo duas inéditas: a metafórica e bem-sucedida Girassol (Toni Garrido/Da Gama/Lazão/Bino Farias/Pedro Luis) e Berlim (Toni Garrido/Da Gama), que soa como um lamento. Além disso, o grupo fez uma versão em português para a música Johnny B. Goode, de Chuck Berry.
A participação de Gilberto Gil é só uma mera participação. Nada demais. Cheia daquelas babações que já estamos acostumados, quando se trata da presença de ícones da música considerados “de peso”. Com Toni, Gil canta Extra, de sua autoria, lançada no disco homônimo de 1983. Antes de chamá-lo ao palco, Garrido baba: “Agora, a gente vai ter, talvez, o momento mais sublime da história, da vida do Cidade Negra. É o momento que você encontra, na realidade, o seu verdadeiro pai, o pai musical do Cidade Negra, o irmão musical do Cidade Negra, o bróder. Aonde [sic] ele chega, por onde ele passa, nascem flores e amores. O homem que cheira flor, que exala perfume de flor: Gilberto Gil“. What?!
A direção artística do Acústico MTV Cidade Negra foi assinada por Liminha e Ronaldo Viana. Um acerto. O DVD retrata com precisão a identidade musical do grupo. Vale muito a pena assistir ao registro!
“Amor” é tema de concurso literário da Litteris Editora
Por Raulino Júnior
Estou falando é de Amizade
Por Raulino Júnior ||Desde Já: as crônicas do Desde||
O contrário disso é qualquer outra coisa. Porque amizade é confiança. Ponto. Hoje, a gente quase não tem isso [confiança]. Não estabelecemos uma relação. A gente pode até achar uma pessoa legal, interessante, mas isso fica da porta pra fora. A gente não quer trazê-la, em definitivo, para o nosso mundo. Às vezes, não serve nem para uma amizade no Facebook, onde a superficialidade impera. Falta confiança. É triste, mas estou sendo sincero. Comigo tem sido assim. Infelizmente.
Talvez, por acreditar muito nas pessoas e me surpreender negativamente com algumas atitudes delas, tenha perdido a vontade de aprofundar a relação. Não quero ser amigo, tampouco inimigo. A indiferença de hoje em dia também me acompanha.
Sigamos.
Oficina de Butoh na Escola de Belas Artes da UFBA
Por Raulino Júnior
Calé Miranda nasceu no Rio de Janeiro, é diretor de teatro e pesquisador das relações da dança butoh com a mitologia afro-brasileira. Integra o grupo Cia. da Ação!, do qual é diretor artístico.