#Desde7, Cultura, Jornalismo Cultural

3ª edição da oficina para “focas” será realizada neste sábado, 24 de março

Imagem: divulgação Por Raulino Júnior

A oficina Uso de blogs por “focas” como experimento para a prática jornalística chega à sua 3ª edição, na Biblioteca Central do Estado da Bahia (Biblioteca dos Barris). Neste sábado, 24 de março, das 9h às 11h, estudantes de Jornalismo e profissionais que estão no início da carreira serão estimulados a criar blogs para servir como portfólio de trabalho. A atividade é gratuita, com direito a certificado. Para participar, basta enviar e-mail para viva.bpeb@fpc.ba.gov.br e solicitar a inscrição. As vagas são limitadas.

O artista plástico Gil Vieira (1º plano) e o compositor Zanoni Ferrari: participantes da última oficina, realizada no dia 24 de fevereiro. Foto: Raulino Júnior

Na ocasião, os participantes terão informações sobre a origem dos blogs e suas principais características, o uso eficaz da ferramenta no jornalismo, importância do uso das tags nos posts e da produção multimídia. A série de oficinas faz parte das comemorações pelos sete anos do Desde, blog de experimentações jornalísticas com o viés cultural.

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Não sei dar presentes

Fonte da imagem: Sofos.ru

Por Raulino Júnior ||Desde Já: as crônicas do Desde||

Dentre os meus defeitos, este é o que mais tenho raiva: o de não saber dar presentes. Não fui educado para dar. São muitas as razões. Deixa quieto. O fato é que me enrolo todo quando vou presentear alguém. E não tem nada a ver com gostar mais ou gostar menos da pessoa. Não sei e ponto. Tem gente que eu amo, mas não consigo captar o que gosta e o que vai agradar. Até me esforço, mas, em 99% dos casos, acabo errando bonito.

Eu admiro muito quem consegue fazer uma análise minuciosa e escolher o presente que é “a cara da pessoa”. Isso é um talento. Quem tem, tem. Comigo, acontece exatamente o contrário. Eu vejo algo, acho que é a cara da pessoa, mas, quando entrego, constato a verdadeira cara do presenteado: de decepção. A pessoa até se esforça, esboça uma falsa alegria, mas, no fundo, a vontade é de jogar o presente na minha cabeça. Deve levar em consideração o meu intuito.
Não dá para quebrar o caráter de surpresa que está atrelado a um presente. A gente podia combinar antes com a pessoa que vai receber a lembrança, saber o que ela quer, o que está precisando, o que gosta. Mas, confesso, isso seria muito sem graça. Presentear é mais do que dar um objeto para alguém, envolve sensibilidade e dedicação.

Por isso, gosto e não gosto quando o amigo-secreto já pré-determina a lista de presentes. Gosto porque é muito mais prático! A pessoa coloca o seu interesse e a surpresa fica em saber quem tirou quem. O estranho é saber o que já vai ganhar. O encantamento com o presente vai para o espaço. Tudo tem seu ônus. Inclusive, a prática de presentear.

Sigamos.

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