#6AnosDoDesde, Cultura, Jornalismo Cultural, Sem Edição

Madá Negrif, Moda Afro e Empreendedorismo

Em entrevista exclusiva para o Desde, a estilista fala sobre o início de sua carreira na moda, responsabilidade social e o sucesso da Negrif

Madá Negrif mostra algumas de suas peças: identidade étnica e exclusividade. Foto: Raulino Júnior

Por Raulino Júnior

O blog Desde que eu me entendo por gente completou seis anos em atividade no dia 1º de janeiro de 2017. Para comemorar a caminhada até aqui, estamos publicando uma série de entrevistas com pessoas que fazem Salvador acontecer. Homens e mulheres que dão a sua contribuição para a nossa cultura. Hoje, é a vez de Madá Negrif, designer de moda, estilista, empresária e fundadora da Negrif, marca que trabalha com afirmação da cultura negra.

Madá Negrif é a quarta entrevistada da série em comemoração pelos seis anos do Desde. Imagem: reprodução do vídeo

Madá começou a sua carreira no ramo da moda como sacoleira. O empreendimento deu tão certo que, em 2011, ela conseguiu fundar a sua loja física. Assim, nascia a Negrif, que, em pouco tempo, virou símbolo de resistência da cultura negra de Salvador. Nesta entrevista exclusiva que concedeu para o Sem Edição, conteúdo audiovisual do Desde, a empresária fala sobre o seu início como sacoleira, o mercado de moda da Bahia, o sucesso e expansão da Negrif. Além disso, Madá reflete sobre a responsabilidade social que tem ao trabalhar com moda afro e sobre as discussões acerca de polêmicas envolvendo temas como apropriação cultural: “Cada um é livre para usar o que quer, o que acredita e o que se sente bem”.
Assista, no vídeo abaixo, à entrevista com Madá Negrif, no Sem Edição:

Padrão
#6AnosDoDesde, Cultura, Jornalismo Cultural, Sem Edição

Clarindo Silva, Cantina da Lua e Centro Histórico de Salvador

Em entrevista exclusiva para o Desde, coordenador do Projeto Cultural Cantina da Lua fala sobre fatos de sua vida, a luta para revitalizar o Pelourinho e aspectos da cultura salvadorense

Clarindo Silva em uma das mesas da Cantina da Lua: história viva do Centro Histórico de Salvador. Foto: Raulino Júnior

O blog Desde que eu me entendo por gente completou seis anos em atividade no dia 1º de janeiro de 2017. Para comemorar a caminhada até aqui, estamos publicando uma série de entrevistas com pessoas que fazem Salvador acontecer. Homens e mulheres que dão a sua contribuição para a nossa cultura. O convidado de hoje é Clarindo Silva, coordenador do Projeto Cultural Cantina da Lua, empresário, produtor cultural, jornalista, compositor, chef de cozinha,  mestre em História da Bahia e escritor.

Clarindo Silva é o terceiro entrevistado da série em comemoração pelos seis anos do Desde. Imagem: reprodução do vídeo

Aos 74 anos de idade, a vida de Clarindo Silva de Jesus se confunde com a história do Centro Histórico de Salvador (CHS). O simpático senhor que caminha pelas ruas do Pelourinho é um conhecedor nato de suas artérias, como ele próprio denomina as vias que levam ao famoso ponto turístico da cidade, tombado, em 1985, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), como Patrimônio Cultural da Humanidade. Nesta entrevista exclusiva que concedeu para o Sem Edição, conteúdo audiovisual do Desde, Clarindo discorre sobre aspectos da cultura salvadorense, conta como arrendou a septuagenária Cantina da Lua, lista algumas personalidades que já passaram pelo local, lembra as homenagens que recebeu pelo trabalho que realiza, narra o infeliz episódio de preconceito racial de que foi vítima na infância, explica o motivo de sempre usar roupas brancas, fala da polêmica em torno de sua eleição como Rei Momo do Carnaval de Salvador, em 2008, e dos esforços que fez (e faz!) para revitalizar o CHS: “Os baianos precisam se apropriar do Pelourinho”.
Assista, nos vídeos abaixo, à entrevista com Clarindo Silva, no Sem Edição:
Sem Edição| Clarindo Silva, Cantina da Lua e Centro Histórico de Salvador – Parte 1

Sem Edição| Clarindo Silva, Cantina da Lua e Centro Histórico de Salvador – Parte 2

Padrão
#6AnosDoDesde, Cinema, Cultura, DESDEnhas, Documentário, Jornalismo Cultural, Música, Resenha

O visível e o previsível em “Axé – Canto do Povo de um Lugar”

Foto: reprodução do Facebook

Por Raulino Júnior  ||DESDEnhas: as resenhas do Desde||

Assim como o trio elétrico no carnaval de Salvador, o documentário Axé – Canto do Povo de um Lugar já está nas ruas. O filme de Chico Kertész estreou no dia 19 de janeiro e pode ser um sucesso, não propriamente pelo conteúdo que veicula, mas por mexer com a memória afetiva de muitas gerações. Afinal de contas, muita gente já “tirou o pé do chão” ao som da Axé Music, vertente da música baiana que ganhou notoriedade a partir de 1985. No documentário, pessoas ligadas ao gênero analisam o início, o ápice e o declínio do movimento musical.

Com a sua obra, Chico consegue recuperar a poesia que já esteve presente na Axé Music. É impossível, para quem gosta do estilo, não se arrepiar em alguns momentos do filme. Principalmente, quando a produção se debruça na origem de tudo. Ouvir Márcia Short falar sobre o ingresso dela na Banda Mel e a qualidade musical do grupo, faz a gente rememorar muita coisa, dá vontade de chorar e é um convite à reflexão: o que aconteceu com a nossa musicalidade? Por que, hoje, ela está no ralo? Aonde vamos parar? As coisas vão mudar? Essa, talvez, seja a maior qualidade de Axé – Canto do Povo de um Lugar. Ou seja, suscita a reflexão e isso já é um grande passo para as coisas começarem a mudar.
O documentarista segue a gramática mais simples para esse tipo de produção cinematográfica, reunindo um amontoado de depoimentos pouco dissonantes. Na verdade, Kertész fez o filme para que ele ficasse na história, e vai ficar, por ser o primeiro dessa magnitude sobre a Axé Music. Nas entrevistas, quando perguntado sobre o que o motivou a fazer o documentário, o cineasta diz que faltava um documento que desse a grandeza do tamanho do movimento (embora haja trabalhos acadêmicos e livros que levantam boas discussões sobre a cena!). Nesse sentido, o que está presente na tela é o óbvio, o que deixa ainda mais evidente a intenção de Chico.
O visível está no documentário. E o previsível também. Não se pode ter a pretensão de falar de um movimento musical sem ouvir os compositores. Nisso, Axé – Canto do Povo de um Lugar peca. Sem compositor, não se faz música, tampouco um gênero. Muitos compositores que contribuíram para o sucesso da Axé Music não foram ouvidos pela produção do filme. Quem vai a uma sessão da obra cinematográfica de Chico Kertész, e não é pesquisador da área, sai sem saber quem é Luciano Gomes (autor de Faraó, Divindade do Egito), Tote Gira (parceiro de Daniela Mercury em O Canto da Cidade) e tantos outros (GuiguioGilson BabilôniaAlain Tavares etc.). De fato, uma falha grande. De qualquer forma, Chico colocou o bloco na rua e o seu lugar na fila já está garantido. Como diz uma música de Axé: “Há interesses? Totais!”.

Padrão
#6AnosDoDesde, Cultura, Jornalismo Cultural, Sem Edição

Gilmelândia, Música e Projetos Sociais

Em entrevista exclusiva para o Desde, cantora fala sobre carreira, música nacional e o seu permanente desejo de ajudar o próximo

Gilmelândia: “A música entrou num colapso”. Foto: Raulino Júnior

O blog Desde que eu me entendo por gente completou seis anos em atividade no dia 1º de janeiro de 2017. Para comemorar a caminhada até aqui, publicaremos uma série de entrevistas com pessoas que fazem Salvador acontecer. Homens e mulheres que dão a sua contribuição para a nossa cultura. A convidada da vez é Gilmelândia, cantora, compositora e apresentadora.

Gilmelândia é a segunda entrevistada da série em comemoração pelos seis anos do Desde. Imagem: reprodução do vídeo

Gilmelândia começou a cantar, profissionalmente, com 15 anos de idade. Aos 23, teve o desafio de assumir os vocais da Banda Beijo, grupo que lançou o cantor Netinho para o mundo. Nesta entrevista exclusiva que concedeu para o Sem Edicão, conteúdo audiovisual do Desde, ela fala sobre a sua passagem pela banda, sobre os planos para o carnaval deste ano, por que não gostou de ter gravado a música Maionese, os motivos que a fizeram desistir da candidatura como vereadora, pelo Partido da República (PR), nas eleições do ano passado, e opinou sobre o documentário Axé – Canto do Povo de um Lugar, de Chico Kertész.  A artista falou ainda sobre Axé Music, elogiou o trabalho do cantor e compositor Saulo Fernandes e criticou o atual momento da música brasileira: “Eu acho que a música entrou num colapso”.
Assista, nos vídeos abaixo, à entrevista com Gilmelândia, no Sem Edição:
Sem Edição| Gilmelândia, Música e Projetos Sociais – Parte 1

Sem Edição| Gilmelândia, Música e Projetos Sociais – Parte 2

Padrão
#6AnosDoDesde, Cultura, Jornalismo Cultural, Sem Edição

Fernando Guerreiro, Fundação Gregório de Mattos e Políticas Culturais

Em entrevista exclusiva para o Desde, gestor fala sobre carreira, cultura baiana e os planos da fundação que preside para 2017

Fernando Guerreiro na sua sala na Fundação Gregório de Mattos: “Essa segunda gestão tende a perpetuar o que deu certo e tentar uma assinatura maior”. Foto: Raulino Júnior

O blog Desde que eu me entendo por gente completou seis anos em atividade no dia 1º de janeiro de 2017. Para comemorar a caminhada até aqui, publicaremos uma série de entrevistas com pessoas que fazem Salvador acontecer. Homens e mulheres que dão a sua contribuição para a nossa cultura. O primeiro da fila é Fernando Guerreiro. Além de produtor e diretor de teatro bastante renomado, Fernando é radialista e atual presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), órgão, vinculado à prefeitura de Salvador, que fomenta a cultura no âmbito municipal.

Fernando Guerreiro abre as comemorações pelos seis anos do Desde. Imagem: reprodução do vídeo

Prestes a completar 40 anos de carreira, nesta entrevista exclusiva que concedeu para o Sem Edicão, conteúdo audiovisual do Desde, Guerreiro falou sobre os planos para comemorar todos esses anos de trajetória no fazer artístico da cidade, fez uma análise contundente do teatro soteropolitano, refletiu sobre a experiência de dirigir o Arerê Geral (programa de auditório veiculado pela TV Bahia, em 2001), opinou sobre a Axé Music e sobre a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), pontuou a falta de diálogo entre a FGM e a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), falou sobre a ausência de crítica no cenário cultural e sobre os planos da FGM para 2017: “A primeira temporada foi de reorganizar. Agora, a gente fez uma grande reestruturação da equipe para começar a criar. Eu diria que essa segunda gestão tende a perpetuar o que deu certo e tentar uma assinatura maior. A gente tem que continuar a invadir a cidade com apoio, porque Salvador é muito mais do que Brotas e Centro; e Pituba e Rio Vermelho. Vamos continuar com a política de tombamentos, dando ênfase à educação patrimonial. O selo literário continua, os editais devem ser remodelados e o Viva Cultura vai atender ao mercado profissional”.
Assista, no vídeo abaixo, à íntegra da entrevista com Fernando Guerreiro, no Sem Edição:

Padrão
#6AnosDoDesde, Cultura, Jornalismo Cultural, Notícia, Sem Edição

Para comemorar seis anos em atividade, Desde aposta em série de entrevistas com pessoas que fazem Salvador acontecer

Blog completou seis anos no dia 1º de janeiro de 2017

Desde: seis anos de experimentação de gêneros jornalísticos

Desde que eu me entendo por gente, blog de experimentação de gêneros jornalísticos com viés cultural, está comemorando seis anos em atividade. Desde 1º de janeiro de 2011, você encontra neste espaço um pouco de reflexão e de análise do cotidiano, com ênfase nos nossos costumes, identidades e formas de estar no mundo. A caminhada não foi nem é fácil, mas o prazer de informar suplanta quaisquer adversidades.
No ano passado, o blog se consolidou como uma plataforma de difusão de conteúdos culturais. Teve crônica falando sobre a falsidade das relações humanas (“O serto é ser falço?”), artigo discutindo a nossa velha cultura do golpe, resenhas de peças teatrais, indicação de livro que discute a história dos negros no Brasil e entrevista, em vídeo, que teve como mote a literatura de cordel. Diversos assuntos figuraram por aqui, com abordagem crítica e respeitando a identidade do Desde. Tal identidade tem como base a responsabilidade de informar, com profissionalismo e respeito ao ser humano.

Anúncios publicitários chamam a atenção para a data comemorativa e criticam algumas práticas do jornalismo

O que vale a pena, passa por aqui. Por isso, quem acompanha e conhece o blog, percebeu o tom irônico dos anúncios publicitários que foram veiculados nos últimos dias, a fim de chamar a atenção para a data comemorativa. Um deles dizia o seguinte: Para comemorar 6 anos no ar, blog “Desde” lança seção #DigoNada, que vai falar sobre a vida dos ANÔNIMOS. Ora! Imagina monitorar a vida alheia, acompanhando postagens feitas nas redes sociais da internet? O Desde não perde tempo com essas coisas. É uma pena constatar que muitos veículos de mídia preenchem os seus espaços com isso. O outro anúncio, que, de certa forma, complementava o que foi citado anteriormente, fazia uma crítica às práticas jornalísticas que não contribuem para nada nem levam em consideração a função social do jornalismo: Para comemorar 6 anos no ar, blog “Desde” lança coluna #Disparate, um olhar sobre as atuais práticas do JORNALISMO. O próprio nome da coluna já carregava o sarcasmo. “Disparate” significa, entre outras coisas, asneira, bobagem, tolice. É isso. #DigoNada.
E as comemorações?!

Sem Edição: seção de conteúdo audiovisual será a base das comemorações pelos seis anos do Desde

Como é tempo de comemorar, o Desde vai fazer isso com muito entusiasmo. Nos próximos domingos, publicaremos entrevistas com pessoas que fazem Salvador acontecer. Homens e mulheres que dão a sua contribuição para a nossa cultura. Como a seção Sem Edição teve uma resposta muito boa por parte de quem acompanhou o blog em 2015 e 2016, a comemoração pelos seis anos se dará através dela. A primeira entrevista será publicada no dia 8 de janeiro. Com quem será?! Vamos manter o mistério até domingo. Aguarde. Uma coisa é certa: em 2017, vamos discutir o que importa. Sempre! Vida longa ao Desde! Sigamos.

Raulino Júnior
Professor, compositor, jornalista, produtor cultural e editor do Desde.

Padrão