Por Raulino Júnior
Às 19h, desta sexta-feira, 12 de dezembro, o coração de Felipe Ferreira estará batendo ainda mais forte: o escritor lançará seu primeiro livro, Griphos Meus: cinema, literatura, música, cultura, política & outros gozos crônicos, na Livraria Cultura, do Salvador Shopping. A obra é uma produção independente e reúne textos do autor publicados nos sites Cinem(ação), Ambrosia e Publikador, dos quais é colunista. Além disso, o livro traz textos inéditos, como poemas, crônicas e alguns de cunho erótico. Em julho, ao participar da série Perfis do Desde, Felipe revelou o plano de publicar um livro até o final de 2014. Agora, que a ideia virou realidade, ele fala com exclusividade para o Desde. Leia a entrevista!
Desde que eu me entendo por gente: Por que “Griphos”?
Felipe Ferreira: Quando comecei a pensar num nome, para poder criar uma identificação e tentando ver o que resumiria bem essa questão de escrever, de se dedicar à palavra, à escrita, fui caçando por sinônimos, pela etimologia da palavra “grafia”. “Grifo” tem a ver com grafia, escrita. Para diferenciar, ter originalidade e ser o meu grifo, não qualquer grifo, coloquei com “ph”.
Desde que eu me entendo por gente: Os textos do livro têm temáticas predominantes ou falam de tudo?
Felipe Ferreira: Falam de tudo: cotidiano, daquela fadiga do homem moderno e de saudade, de sentir falta do que você não tem mais. Todo mundo tem esse momento saudosista.
Desde que eu me entendo por gente: Griphos Meus tem prateleira?
Felipe Ferreira: Quando fui fazer o registro do ISBN (International Standard Book Number), eles perguntaram qual era o gênero, para poder catalogar. Eu me questionei: “Qual é o gênero?”. Fui analisando cada segmento e encaixei como ensaios brasileiros. Foi o que mais acolheu a ideia da multifuncionalidade do livro.
Desde que eu me entendo por gente: Quando você escreve, pensa num leitor como foco?
Felipe Ferreira: Pode ser aquela coisa meio segmentada. Uma crítica de cinema pode atingir mais o pessoal de cinema; mas, ao mesmo tempo que atinge o pessoal de cinema, vai atingir quem não é crítico, quem não é da área, quem não produz, mas quem gosta, quem curte, quem assiste sem compromisso. Acho que o ideal é você ter uma abrangência de abordagem e a mensagem passar por várias pessoas, sem ter apartheid. A leitura é universal.
Desde que eu me entendo por gente: Com o livro, você acaba perpetuando as suas ideias. Aonde é que você quer que ele chegue?
Felipe Ferreira: Quanto mais longe você pensar, mais perto do que pensou, você chega. Ao lançá-lo em Salvador, penso em criar um público para a obra em livrarias e pontos culturais. Depois, quem sabe, partir para outros estados: Rio, São Paulo. É um trabalho de formiga. Aos poucos, vou criando um público. Não só no meu estado, mas no Brasil todo. É um trabalho árduo, de formiga, mas tem que ser feito.
Desde que eu me entendo por gente: Você já pensou nos possíveis desdobramentos dessa obra? Por exemplo: um diretor de teatro se interessar em montar um espetáculo que tenha como base o seu livro?
Felipe Ferreira: É uma coisa que eu penso, mas não fico com isso na cabeça. É uma coisa natural. Se tiver de acontecer, vai acontecer e será muito bem-vindo. Só teria que avaliar o projeto, se realmente teria a ver com o perfil e o objetivo do livro. Seria interessante fazer essa transferência de linguagem das páginas para o palco.
Desde que eu me entendo por gente: Felipe: antes e depois do Griphos. Agora, com o livro impresso. Qual a diferença?
Felipe Ferreira: Acho que, agora, eu posso dizer que sou escritor. Porque se você é ator, você atua; se é cineasta, você produz cinema. Hoje, eu posso afirmar com todas as letras que sou escritor. É sacramentar o seu ofício. É você concretizar aquilo que está na sua alma, no seu dom, na sua persona.
Desde que eu me entendo por gente: Fazendo um trocadilho com o título do livro: quais são os seus “griphos” para o futuro?
Felipe Ferreira: Escrever sempre. Disso eu não tenho dúvida. Focar bem na venda, na divulgação e fazer reverberar muito o Griphos Meus, meu primeiro livro; e , claro, já tendo ideias, estímulos e insights para um próximo livro.
Para colocar na agenda…
Lançamento do livro Griphos Meus, de Felipe Ferreira, com sessão de autógrafo
Livraria Cultura, do Salvador Shopping
12 de dezembro, às 19h
O livro custa R$ 29 e vai ser vendido pela internet, no Instagram, Twitter ou através do e-mail felipe.grifosmeus@outlook.com.
Felipe Ferreira tem 23 anos e é formado em Letras com Inglês pela Universidade Católica do Salvador. Além de escritor, é roteirista.