#Desde7, Cultura, Jornalismo Cultural

6ª edição da oficina de uso de blogs por “focas” será realizada neste sábado, 30 de junho

Imagem: divulgação

A oficina Uso de blogs por “focas” como experimento para a prática jornalística chega à sua 6ª edição, na Biblioteca Central do Estado da Bahia (Biblioteca dos Barris). Neste sábado, 30 de junho, das 9h às 12h, estudantes de Jornalismo e profissionais que estão no início da carreira serão estimulados a criar blogs para servir como portfólio de trabalho. A atividade é gratuita, com direito a certificado. Para participar, basta enviar e-mail para viva.bpeb@fpc.ba.gov.br e solicitar a inscrição. As vagas são limitadas.

Na ocasião, os participantes terão informações sobre a origem dos blogs e suas principais características, o uso eficaz da ferramenta no jornalismo, importância do uso das tags nos posts e da produção multimídia. A série de oficinas faz parte das comemorações pelos sete anos do Desde, blog de experimentações jornalísticas com o viés cultural.

Padrão
#Desde7, Crônica, Cultura, Desde Já, Jornalismo Cultural

Quem deu a coroa?

Por Raulino Júnior ||Desde Já: as crônicas do Desde||

Liguei a TV num jornal de meio-dia e vi a apresentadora anunciar um forrozeiro como atração do vespertino: “No musical, tem Fulano de Tal, ele que é o ‘Rei do Forró Temperado’!”. Fiquei pensando na necessidade que alguns artistas têm de ter um título pomposo para chamar de seu. O pior é que, quase sempre, é o próprio artista que se intitula como isso ou aquilo. Durante o programa, o forrozeiro fazia questão de reforçar o rótulo. Que coisa!

Hoje, todo mundo quer ser rei de alguma coisa. Não existe mais a consagração vinda do público para fazer o artista ser reconhecido como tal. A coisa fica tão forçada que deixa bem evidente a falta de substância. Se a gente fizer uma enquete pedindo para as pessoas cantarem uma música do Rei do Forró Temperado, vamos, certamente, ter o silêncio como resposta. A mesma coisa acontece se a pergunta for relacionada ao próprio “gênero” forró temperado. O que é isso? Tudo bem que a gente pode facilmente supor, mas não há nada de novo. Contudo, é importante garantir a coroa.
Na ânsia de ser considerado rei de alguma coisa, o artista acaba sendo rei de coisa alguma. O que deveria acontecer de forma natural, fica extremamente mecânico. Luiz Gonzaga tornou-se Rei do Baião por sua obra musical. E só. O título foi fruto de um trabalho de criação. O Velho Lua não precisou propalar aos quatro ventos que ele era o rei do gênero. A sua arte falou por si só.
Quem consagra o artista disso ou daquilo é o público. O artista faz a sua arte sem buscar títulos (ou deveria agir assim). Eles vêm naturalmente, não precisa forçar a barra. Fica esquisito. Fica chato.
Sigamos.
Padrão
Cultura, Desde em Trânsito, Jornalismo Cultural

#DesdeEmTrânsito: 50 anos da Pedagogia do Oprimido

Moacir Gadotti durante conferência no Virtual Educa. Foto: Raulino Júnior

Por Raulino Júnior

XIX Encontro Internacional Virtual Educa, evento promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a Secretaria Geral da Virtual Educa, tem como objetivo principal promover reflexões acerca da relação entre educação e tecnologia, a fim de dinamizar as práticas pedagógicas. No Brasil, o encontro está acontecendo em Salvador, no Centro Estadual de Educação Profissional, Formação e Eventos Isaías Alves. Na tarde de hoje, Moacir Gadotti ministrou a conferência 50 anos da Pedagogia do Oprimido, na qual analisou e apontou a importância da obra de Paulo Freire, publicada pela primeira vez em 1968, para a educação. O Desde esteve lá e fez uma cobertura via Twitter (@RaulinoJunior), para mais uma edição do especial #DesdeEmTrânsito. Veja o resultado.

A conferência começou no horário previsto, às 14h30. Moacir Gadotti é, na verdade, Presidente de Honra do Instituto Paulo Freire. Desde já, pedimos desculpas pelo equívoco.
Mesmo sendo uma publicação de 50 anos, para Gadotti, a obra de Paulo Freire ainda tem muito o que contribuir para a educação.
Ainda bem, não é? Um evento que fala de tecnologia não poderia deixar de ter uma intérprete. Mais que uma obrigação, é um direito!
O professor leu alguns trechos emblemáticos do livro e analisou cada um, sempre trazendo para o contexto histórico atual.
No seu discurso, Gadotti criticou a mídia. Ele está certo?
Essa foi a reflexão que Gadotti fez quando começou a falar sobre a relação entre educação e política.
Alguém duvida?!
Um ideal…
Muito bom isso! Gadotti enfatizou que a ideia é dar visibilidade a todo tipo de opressão e, assim, tentar resolvê-la.
Com certeza! O Método Paulo Freire frutifica por aí!
Aplaudido de pé! Gadotti é muito querido pelos educadores. Até a próxima edição do #DesdeEmTrânsito!

Todas as fotos foram feitas por Raulino Júnior.

Padrão
#Desde7, Cultura, DESDEnhas, Jornalismo Cultural, Resenha, Televisão

O Sem Censura está ótimo!

Por Raulino Júnior ||DESDEnhas: as resenhas do Desde||
A saída de Leda Nagle do Sem Censura foi bom para ela e bom para o programa, independentemente das razões sombrias que fizeram a apresentadora ser demitida. Leda se atualizou, criou o Canal Leda Nagle, no YouTube, que já conta, até o momento da publicação desta resenha, com mais de 162 mil inscritos; o Sem Censura se modificou, ficou mais leve, dinâmico e cheio de fôlego. Quem acompanhava o programa com Leda, deve ter percebido a diferença. Só não constata quem quer ficar preso ao passado e quem não tem consciência de que “o novo sempre vem”. Leda segue fazendo as suas entrevistas, sendo a mais nova youtuber da terceira idade, e o Sem Censura tem usado as redes sociais para garantir uma interatividade inteligente com os telespectadores. A ruptura oxigenou as duas partes.

Vera Barroso (no centro) entre Kamyla Abreu e Bruno Barros: o novo Sem Censura. Foto: reprodução do Facebook do programa

O programa da TV Brasil aposta num formato vitorioso na televisão brasileira e, de fato, abre espaço para o telespectador participar. O debate proposto no Sem Censura aborda qualquer conteúdo, com muita naturalidade. Os temas são sempre pertinentes e atuais. Os convidados têm tempo para falar e falam sobre tudo. Basta assistir para perceber. Não dá para julgar o programa sem acompanhá-lo. Houve mudança também na disposição dos convidados. Antes, havia uma bancada na qual Leda ficava e os entrevistados conversavam em torno dela. Hoje, o programa adotou o sofá, onde há uma linearidade para todo mundo, sem destaque para a apresentadora. É uma alteração simples, mas significativa.

Katy Navarro: competência e carisma. Foto: reprodução do Facebook do programa

Vera Barroso está no comando desde 6 de janeiro de 2017 e conta com a participação dos simpáticos e competentes Bruno Barros e Kamyla Abreu. Eles atuam como “produtores web”. Ou seja: recebem as mensagens dos telespectadores pelos canais disponibilizados (FacebookTwitterIntsagram e WhatsApp). Quando Vera está ausente (de férias, por exemplo), quem assume é a versátil Katy Navarro. Com ela, o programa ganha ainda mais em dinamismo e qualidade. Katy é muito preparada, sabe conduzir as entrevistas com maestria, improvisa como ninguém e conecta os diferentes temas trazidos pelos convidados de uma forma muito tranquila e perspicaz, sem ficar forçado. Além disso, é carismática e prende o telespectador. Ela merecia ser a titular da atração. Vera é mais distante de quem está assistindo, não é convidativa. O programa, exibido de segunda a sexta, às 17h30, é dirigido por Daniel Gontijo.
Sem Censura foi criado em 1985 e se autointitula como sendo “o bate-papo mais descontraído da TV”. E é mesmo!

Padrão